
Foi em 1990, ano em que Pelé completou 50 anos de idade. Todos os jornais e suplementos esportivos do país fizeram matérias grandes para contar tudo sobre a vida do Edson Arantes do Nascimento dentro e fora do gramado. Teve até jogo na Europa entre as equipes do Brasil e do Resto do Mundo, reunindo craques do passado. Falando nisso, fomos derrotados por 2x1.
Aproveitando o embalo, Odair Pimentel, repórter esportivo do Globo na sucursal de São Paulo, lembrou uma ótima história. O Santos dos áureos tempos excursionava pela África e era sempre aquele frenesi dos fãs no Pelé, que mal conseguia andar sem ser perturbado pela moçada.
Como Odair tinha certa semelhança com seu grande amigo, o Rei, topou a brincadeira sugerida por alguém da delegação e se fez passar por Pelé. Mal desembarcou no aeroporto, usando a camisa dez, foi cercado por uma multidão. Desfilou de carro aberto e coisa e tal, sendo ovacionado, beijado, abraçado, cuspido, essas coisas. Tem uma versão segundo a qual uns guerrilheiros do país africano estavam meio revoltados e teriam planejado um atentado e teria sido esta a razão do Odair se apresentar como sósia-cobaia.
Seja como for, deu tudo certo. Naquele dia, Pelé foi poupado do carinho das massas e conseguiu sair do avião sem ser percebido. O que Odair Pimentel nunca esqueceu é que foi o Rei por um dia.
Voltando a 1990, nosso editor de esportes era o Mário Marona, que pediu ao então redator, hoje repórter, Márcio Tavares para ler o relato do Odair, escrever a matéria, legendar e titular.
Márcio Tavares fez o combinado. Mas resolveu aprontar com o chefe. Marona quase caiu da cadeira ao ler o título que o Márcio botou:
“O dia em que o povo saudou o crioulo errado”.
Pura sacanagem, evidente. O título verdadeiro era outro – se não me engano, “O dia em que a multidão saudou o Rei errado”.
Aproveitando o embalo, Odair Pimentel, repórter esportivo do Globo na sucursal de São Paulo, lembrou uma ótima história. O Santos dos áureos tempos excursionava pela África e era sempre aquele frenesi dos fãs no Pelé, que mal conseguia andar sem ser perturbado pela moçada.
Como Odair tinha certa semelhança com seu grande amigo, o Rei, topou a brincadeira sugerida por alguém da delegação e se fez passar por Pelé. Mal desembarcou no aeroporto, usando a camisa dez, foi cercado por uma multidão. Desfilou de carro aberto e coisa e tal, sendo ovacionado, beijado, abraçado, cuspido, essas coisas. Tem uma versão segundo a qual uns guerrilheiros do país africano estavam meio revoltados e teriam planejado um atentado e teria sido esta a razão do Odair se apresentar como sósia-cobaia.
Seja como for, deu tudo certo. Naquele dia, Pelé foi poupado do carinho das massas e conseguiu sair do avião sem ser percebido. O que Odair Pimentel nunca esqueceu é que foi o Rei por um dia.
Voltando a 1990, nosso editor de esportes era o Mário Marona, que pediu ao então redator, hoje repórter, Márcio Tavares para ler o relato do Odair, escrever a matéria, legendar e titular.
Márcio Tavares fez o combinado. Mas resolveu aprontar com o chefe. Marona quase caiu da cadeira ao ler o título que o Márcio botou:
“O dia em que o povo saudou o crioulo errado”.
Pura sacanagem, evidente. O título verdadeiro era outro – se não me engano, “O dia em que a multidão saudou o Rei errado”.
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