Outra historinha enviada pela Lucila Soares. “Lá no fundo da redação do Globo, no fim dos anos 1980, início dos 1990”, conta a neta biógrafa do Zé Olímpio, “juntava um grupo de marmanjos desclassificados, todos redatores do Segundo Caderno, do Jornal da Família e do Caderno de Turismo. Passavam o dia olhando as meninas, imaginando/planejando qual seria a próxima conquista de qual deles e trocando comentários por email. Um belo dia, um deles chegou à redação e encontrou um e-mail com o seguinte texto: “E aí? Comeu?”. A pergunta referia-se à moça com quem ele tinha saído na véspera. O sujeito não pôde responder na hora por qualquer motivo e mandou mais tarde: “Não comi, mas vou comer”. O fim da história dá pra imaginar. Sim, ele mandou o e-mail para ela, que estranhou (ou fingiu estranhar): “Não entendi”. Ao que o vagabundo respondeu, na lata: “Só tem mesmo filho da puta aqui. Não se pode deixar o computador ligado nem para ir ao banheiro”.
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