Vamos fingir que não houve nada, que o bate-boca entre os ministros do STF foi normal, que a imagem do Judiciário é ótima, que o presidente da República está certo ao comparar a divergência no mais importante tribunal do país a uma briguinha de futebol, que o episódio já está superado e ponto. O país dos panos quentes adora finais felizes e disso resulta nossa cultura de conciliação, de não aprofundar investigações, de deixar pra lá, de não mexer com quem tá quieto, de esquecer aquilo tudo e tocar o barco. O Globo publicou nesta sexta, 24/4, um texto de Jorge Antonio Barros, que vê no quase pugilato dos togados um lado positivo: “... o episódio dessacraliza a máscara de divindade na qual os magistrados sempre procuraram se refugiar”. Vamos fingir que não aconteceu nada? Tá difícil. Um ministro do Supremo foi acusado por outro de ter capangas em sua fazenda. Isto é sério. Os personagens envolvidos são pessoas como quaisquer outras, mas onde é que fica a tal liturgia do cargo? Não são dois zé-manés, um com a camisa do Flamengo, outro com a do Botafogo, trocando insultos na arquibancada do Maracanã. Quem vai botar o guiso no rabo do gato? Quem vai investigar se o presidente da corte tem ou não tem capangas? Quem vai investigar se o ministro acusador é mentiroso? Peço vênia ao ilustre causídico Dr. Nei Braz Lopes para tocar Justiça Gratuita no radinho do tribunal.
Zé, o Lula, diplomático que só, não se meteu nessa briga de graúdos. Anexou a ele mesmo o rótulo de leigo e saiu fora falando de futebol. Mas deixou um recado: ministro de supremo deve se prinunciar nos autos, nos julgamentos dos seus processos e não na imprensa, como faz o latifundiário de MT.
Mineiramente, Lula chamou o Gilmar Mendes de fanfarrão. Pra mim, tá perdoado...
Em 1994 Lula tb ficou neutro qdo, internamente, Delúbio Soares foi acusado de ter comprado uma fazenda em Goiás sendo um mero funcionário de Sindicato... Deu no que deu.
Aqui não se dança conforme a música. A música é que toca conforme o texto. A ideologia é de esquerda pra quem vem da direita, e vice-versa, se não for contramão. Missão, meio jornalística: metade da vida em redações de jornais. Aqui se persegue a imparcialidade antes que dobre a esquina. Os valores são reais, até a moeda mudar de nome. O Manuel da Redação (revisor, mora em Niterói) se orienta pelo novo Acordo Hortográfico, digo Ortográfico, que está enchendo de grana a Academia. Time, o Glorioso Botafogo. Escola, Portela, a Majestade do Samba. Constituição, a de Capistrano de Abreu (1853-1927) com uns cacos: Art. 1º: Todo brasileiro deve ter vergonha na cara, e isso vale para os que se submeteram a cirurgias plásticas, pintam o cabelo, passam o tablete de Santo Antônio no bigode ou botam as barbas de molho; Art. 2º: Revogam-se as disposições em contrário.
Este blog é um baú de impressões e opiniões; meu arquivo pessoal e intransferível, porém aberto a contribuições, na medida do possível, desde que em forma de textos e imagens, vindos de gente idônea e sem links de patrocínio.
2 comentários:
Zé, o Lula, diplomático que só, não se meteu nessa briga de graúdos. Anexou a ele mesmo o rótulo de leigo e saiu fora falando de futebol. Mas deixou um recado: ministro de supremo deve se prinunciar nos autos, nos julgamentos dos seus processos e não na imprensa, como faz o latifundiário de MT.
Mineiramente, Lula chamou o Gilmar Mendes de fanfarrão. Pra mim, tá perdoado...
Abraços, malandro!
Em 1994 Lula tb ficou neutro qdo, internamente, Delúbio Soares foi acusado de ter comprado uma fazenda em Goiás sendo um mero funcionário de Sindicato... Deu no que deu.
Ninguém me contou. Eu vi.
Bia Alves.
Postar um comentário