domingo, 18 de julho de 2010

CONSIDERAÇÕES SOBRE UMA FOTO E MIL PALAVRAS

Não vai dar certo esse negócio de um advogado, teoricamente pago pelo goleiro, defendendo todos os suspeitos. A operação para fazer do Bruno o menos culpado de todos pode não dar certo, mas será pelo menos tentada. Já tem gente mudando o depoimento.
Teoricamente pago porque o dinheiro do Bruno já deve estar chegando ao fim. Ainda mais agora que se sabe onde ele pode ter também deixado sua grana: na conta de outro suspeito, o Macarrão.
O fato positivo, se é que existe, nesse episódio macabro, foi a decisão do Flamengo de alterar a forma de seus contratos. Os outros clubes brasileiros deviam fazer o mesmo. No entanto, o Flamengo podia ter ido mais longe e estendido a cláusula sobre imagem para todos os atletas, dirigentes e funcionários. E o tal cartola suspeito de pedofilia? Não se fala mais nisso, seja para confirmar ou desmentir a boataria?
Pedófilos sempre foram ervas daninhas no esporte. No futebol de praia, era um horror. Cresci ouvindo histórias patéticas sobre garotinhos escalados para os times porque caíam nas boas graças do treinador, se é que me faço entender. O caso mais rumoroso envolvia um técnico do Lá Vai Bola, equipe do Posto 6 de Copacabana.
Tá bom, isso foi nos anos 60. Mas nos anos 70 e 80 continuei ouvindo as mesmas histórias, inclusive no futebol de campo. Pra não dizerem que estou falando mal do Flamengo, houve um caso semelhante no Botafogo, quando uma diretoria resolveu incorporar a seus quadros um ex-dirigente do São Cristóvão.
Outra coisa estranha nessa novela do Bruno é o tratamento que alguns jornais dão às marias-chuteiras. O cara é casado, mas tem um monte de ex-noivas. A que morreu, coitada, quase sempre é chamada de ex-amante.
Pra encerrar: a foto da capa do jornal "O Dia" de hoje, sob o título "Bruno e Macarrão viviam uma relação de ciúme doentio". O que dizer em mil palavras aquilo que uma foto apenas não tenha contado?

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